por: Marcelo Paiva

Em 2006, gestão do Jacaré não quitou equipamento de som instalado para inauguração da Arena. Preocupada com a montagem do elenco para duas importantes competições este ano, a atual diretoria do Democrata, ainda, trabalha para quitar débitos de gestões passadas. Na última semana, foi firmado acordo na Justiça Cível com a empresa Projetos e Instalações de Som Ltda.

A Projesom foi quem instalou equipamento de sonorização para inauguração da Arena, mas não recebeu pelo serviço e acionou o Clube na justiça. Em valores da época, a empresa deixou de receber cerca de R$ 12 mil cobrados pelos serviços. O Democrata foi condenado e, ao longo dos últimos anos, viu o valor se multiplicar e chegar a R$ 41,8mil. Na semana passada, porém, as partes chegaram a um acordo para quitação do débito.

O valor acertado foi de R$ 31,5 mil divididos da seguinte forma: R$ 20 mil pagos no ato do acordo e outros R$ 10mil serão quitados em 10 parcelas mensais. O montante de R$ 1,5 mil já haviam sido bloqueados das contas do Clube em 2023. De acordo com o departamento jurídico do Democrata, dezenas de acordos foram firmados e cumpridos pela atual diretoria desde 2019. “O montante já ultrapassa os R$2 milhões”, contabiliza um dos responsáveis do Democrata pelas negociações, Gustavo Lobato.

Prefeitura
Outro grande acordo em andamento, com possibilidade de ser finalizado até abril, é com a Prefeitura, uma das maiores credoras do Jacaré. O Clube devia, até 2023, cerca de R$2,3 milhões ao município, por falta de pagamento de IPTU e outros tributos municipais. Estes débitos vêm sendo acumulados desde os anos 1990. Com a recém aprovada Lei do Profut7, que permite aos clubes de futebol de Sete Lagoas negociarem suas dívidas, estima-se que este valor cairá para menos da metade, podendo ser parcelado em 30 anos.

A Prefeitura trabalha na consolidação dos débitos, tanto do Democrata, quanto de outros clubes da cidade e, em breve, todos poderão ter certidões tributárias municipais.

Outros débitos
O Democrata tem, ainda, outros débitos que montam cerca de R$4,5 milhões e vêm sendo discutidos judicialmente. Dentre os credores estão Álvaro Antônio Santos Pais Pinto – R$2,5 milhões pela comprado Ed. Márcio Paulino (orla da Lagoa Paulino) em 2006 – e o FGTS – R$440 mil não recolhidos desde os anos 1980 até o primeiro semestre de 2019.